Os 12 alunos que concluíram, no último dia 8 de junho, o curso de Conhecimentos Náuticos para Operadores de Atalaia (estação de praticagem) vieram de vários pontos do Brasil, trazendo na bagagem rotinas das mais diversas. Desde a variedade e o volume de navios do Porto de Santos (SP), o mais movimentado do País*, às especificidades de portos da Região Norte que recebem embarcações próprias do transporte fluvial. Este curso já está em sua sétima edição, consolidando uma bem-sucedida parceria entre a FHM e o Conselho Nacional de Práticos – CONAPRA.
A Autoridade Marítima define zona de praticagem como uma área geográfica delimitada por força de peculiaridades locais que dificultem a livre e segura movimentação de embarcações, exigindo a constituição e funcionamento ininterrupto de Serviço de Praticagem para essa área. Compete à Diretoria de Portos e Costas estabelecer as ZP, que, atualmente, são 22.
Baía de São Marcos, Ponta da Madeira, Maranhão. Ali fica localizada a ZP 4, onde Karoline Irineu trabalha. A operadora de atalaia considera que o uso do simulador nas aulas foi fundamental para que os alunos pudessem ver e entender o ponto de vista daqueles a quem mais auxiliam: os práticos. “É impressionante a tecnologia envolvida! O equipamento nos dá a possibilidade de enxergar o outro lado da operação e compreender melhor as demandas dos práticos. A partir daí, percebemos também o quanto o nosso trabalho é importante. Podemos nos comparar àqueles que dobram os paraquedas de quem vai realizar um salto. É o trabalho por trás do principal, a estrutura que faz tudo acontecer e é muito bom poder ser cada vez melhor nisso”, avalia.
Allan Villwock é operador de atalaia na ZP 19, situada no Porto do Rio Grande (RS). Segundo ele, uma área de praticagem bem diversificada, aonde chegam navios de todo tipo, que podem medir de 80m a mais de 330m de comprimento. Allan conta que o conhecimento que já tinha foi bem ampliado, tanto com o conteúdo das aulas como com as contribuições dos colegas. “Foi muito interessante a troca de informações entre as atalaias. Mesmo com as peculiaridades de cada ZP, foi possível interagir com os colegas, identificando as melhores práticas dentro da nossa função e como podemos aplicá-las no nosso dia a dia. Também fizemos uma boa revisão da nossa rotina, solucionando dúvidas e aparando as arestas que iam surgindo. Foi muito enriquecedor, também, termos conseguido integrar o uso do simulador com o que aprendemos na teoria, como o uso da carta náutica”, elogia.
*Fonte: Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Antaq