Ganho e troca de conhecimento nas Zonas de Praticagem

Os operadores de atalaia vieram de diversas Zonas de Praticagem

No dia 29 de junho, 12 alunos concluíram a oitava edição do curso de Conhecimento Náutico para Operadores de Atalaia (estação de praticagem), uma parceria entre a FHM e o Conselho Nacional de Práticos – CONAPRA.  Ao longo de 35 horas de aula, a turma recebeu informações sobre vocabulário marítimo padrão, convenções e regulamentos, equipamentos, gerenciamento de tráfego, navegação integrada e outros temas relacionados ao trabalho que executam, auxiliando os práticos em suas manobras.

A FHM acredita que a qualidade do ensino que oferece é resultado da interação direta com clientes e alunos e, a cada curso, o conteúdo programático é revisto e adaptado, de acordo com o feedback recebido. Um fator extra, que os alunos sempre elogiam, é a troca de informações entre os profissionais, provenientes de Zonas de Praticagem – ZP de todo o País, que trazem experiências diversas na bagagem.

Jéssica e Ariel trouxeram para o curso a experiência de navegação em hidrovias

Ariel Pereira Castro e Jéssica Bessa são operadoras de atalaia na ZP 02, que se estende da cidade de Itacoatiara até Tabatinga, no Amazonas, compreendendo todos os portos e terminais existentes ao longo de suas hidrovias. Lá, os operadores de atalaia cobrem quase 940 milhas de navegação, onde são realizadas manobras próprias do transporte fluvial. “Temos um fluxo menor de embarcações, se comparado ao de outras ZP, mas, em compensação, as nossas operações demandam muito mais tempo. Nosso trabalho não envolve, por exemplo, fundeio em portos. As manobras são, de fato, viagens, que frequentemente requerem a utilização de dois práticos dentro de uma embarcação, revezando-se em turnos de oito horas de navegação”, revela Jéssica.

As operadoras observam que, enquanto uma manobra de rotina, no Porto de Santos, por exemplo, leva, em média, três horas para ser concluída, conduzir um navio de Itacoatiara até Manaus costuma levar mais que o dobro desse tempo. “Depende da velocidade da embarcação. Se for um petroleiro, que é mais pesado, leva um tempo maior que um navio de contêineres. Até Coari, a faina chega a durar quatro dias e o prático fica à disposição esse tempo todo”, conta Ariel.

Sobre a participação no curso de Conhecimento Náutico, as duas profissionais afirmam que foi uma experiência única. “Nesses cinco anos de trabalho como operadora de atalaia, foi a primeira oportunidade que eu tive de me reunir com colegas das outras ZP. Nesse contato, conseguimos ver o quanto o nosso trabalho é importante para auxiliar o prático e no contexto geral do transporte marítimo. Só tenho a agradecer a experiência e que venham outras”, comemora Ariel. Jéssica afirma que o curso superou as suas expectativas. “Tenho apenas 17 meses na função, então, para mim, houve inúmeras informações novas que, a partir de agora, eu irei utilizar no desemprenho da minha atividade.  Além da troca de experiências, a qualidade dos professores, muito qualificados, me surpreendeu. Como o conteúdo é extenso, a didática deles nos ajudou muito no aprendizado, fazendo com que tivéssemos um ótimo aproveitamento dento do prazo proposto”, conclui.

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