Comandante do CIAGA visita a sede do Sindmar e a FGMar

Em 8 de outubro o comandante do CIAGA, o Contra-Almirante Álvaro Valentim Lemos, se reuniu com a representação sindical marítima para entender a visão do Sindmar acerca da conjuntura do setor marítimo no Brasil. Também foi falado sobre a atuação do sindicato em defesa dos interesses de seus representados. O presidente do Sindmar, Carlos Augusto Müller, ao falar sobre o mercado de trabalho, ressaltou que de cada três oficiais brasileiros empregados, dois estão atuando no apoio marítimo e um na cabotagem. Também destacou que os acordos coletivos de trabalho (ACT) firmados pelo Sindmar com as empresas abrangem mais de 90% dos postos de trabalho em que oficiais e eletricistas atuam.

“Nós negociamos com quase 100 armadores acordos coletivos que estabelecem, efetivamente, as condições de trabalho no setor marítimo. Então, o que define uma relação de trabalho justa e com previsibilidade para os marítimos, além de segurança jurídica, que é um ponto que os armadores prezam bastante, é o acordo coletivo”, salientou.

Müller reiterou que o Sindmar não tem dúvidas de que a Marinha tem um papel muito importante na formação do pessoal. Afinal, para o Sindmar, os oficiais devem ser formados apenas pela Marinha do Brasil. Nesse ponto, o dirigente sindical sinalizou que pode ser pela formação regular nas Efomm ou por eventuais cursos de ACOM/N, como possibilidade de progressão de carreira para os marítimos subalternos. Ou, ainda, pelo ASOM/N, na hipótese de necessidade pontual em razão de rápido crescimento da atividade.

Já sobre a quantidade de profissionais idealizada pela Marinha do Brasil, Müller reiterou que os estudos divulgados propondo a formação de 5 mil oficiais a curto prazo são exagerados, além de não refletirem a demanda atual do mercado, na avaliação do Sindicato.

Outro ponto levantado pela representação sindical foi a participação feminina no mercado de trabalho marítimo. Para esse tema foram apresentados dados dos Indicador Sindmar Mulheres.

Ainda foram tratadas temáticas como a revalidação de certificados, o estágio supervisionado e o problema causado pelo padrão de QSMS nas embarcações estrangeiras afretadas pela Petrobras, bem inferior às condições exigidas nas nacionais.

Ao fim do encontro na sede do Sindmar, o comandante do CIAGA e os dirigentes sindicais visitaram nossas instalações, ao lado do nosso coordenador, Mario Calixto.

“Para mim, foi uma satisfação muito grande em ver o estado da arte que se encontra aqui no Sindmar. Nós buscamos elevar o nosso País não só na parte intelectual, mas as empresas, as indústrias e, no nosso caso, o setor marítimo de uma forma geral. E para isso a gente conta com instituições como esta, para que a gente coloque o profissional certo no lugar certo e com conhecimento, com segurança para evitar acidentes no mar (…).”, declarou Lemos.

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